Preciso de um tempo, preciso de espaço, preciso só de mim.
Por a cabeça no lugar, quem sabe, redescobrir um encanto, quem sabe, parar um pouco.
Só que dessa vez não dá para fugir, não tem momento épico dentro do avião, segurando o choro, não tem varanda de casa, nem por sol olhando o mar bem seco. Dessa vez não tem colo quando eu chegar em casa, nem ninguém para fazer suspiro e brigar pela coca no café da manhã.
Dessa vez, por mais que mais uma vez todo mundo entenda que eu posso fugir, dessa vez eu não quero fugir. Fugir vai tornar tudo distante, ideal como nunca foi, e vai que aí que mora erro, idealizar o que é mortal…
Mas deixa, ouvi esses dias numa aula de teoria da literatura completamente deslocada, que ainda não saímos do romantismo. Vai que esses teóricos ai estão certos e eu to aqui, numa espécie de byronismo retardado.
